Pode-se encontrar diversas definições contábeis para o termo “ativo”, mas, de forma geral, entende-se como um recurso com potencial de geração de benefícios econômicos. No caso de uma indústria, as máquinas e os equipamentos são exemplos de ativos, uma vez que podem ser utilizados para fabricação de produtos que visam gerar receita. Já no caso das florestas, as árvores são parte do ativo contemplado na área, pois podem ser utilizadas de diferentes maneiras para gerar fluxo de caixa. Afinal, qual será o maior valor a ser explorado em uma floresta?
Há muitas atividades comerciais realizadas em áreas florestais, dentre elas, exploração de madeira, agricultura e pecuária, além do crescente mercado de créditos de carbono florestais, os quais podem ser gerados por meio da preservação florestal ou até mesmo do reflorestamento de áreas desmatadas ou degradadas.
Segundo Marek Hanusch, economista do Banco Mundial, o valor da Floresta Amazônica preservada é de, aproximadamente, US$ 317 bilhões, dos quais US$ 210 são provenientes do sumidouro de carbono. Percebe-se, então, o grande valor econômico do mercado de créditos de carbono e o relevante custo de oportunidade do desmatamento. Entende-se que, ao longo do tempo, a captura do valor de atividades de preservação florestal ou reflorestamento crescerá cada vez mais, sendo os créditos de carbono um veículo econômico eficiente para transações globais nesse mercado sustentável.
Por Ernesto Barth