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Ao longo de 2023, nota-se o comportamento oposto de preços dos créditos provenientes de projetos florestais de captura de carbono em relação aos obtidos por meio de atividades para mitigação de emissões em áreas florestais. Conforme podemos observar no gráfico do histórico de preços, tais créditos apresentaram uma correlação grande ao longo do tempo, mas, recentemente, os créditos de atividades de captura de carbono, como, por exemplo, o reflorestamento, têm tido mais apreciação no mercado.

S&P Global – Platts

Há diversas explicações para esse fato, entre elas o valor agregado obtido em projetos de captura de carbono, dada a maior complexidade (e investimento) para esse tipo de atividade. Além disso, nesse tipo de projeto, é possível gerar os créditos de carbono como objetivo primário e, em paralelo, desenvolver diversas atividades secundárias, as quais também podem apresentar potencial econômico. Por exemplo, ao reflorestar uma área desmatada, é possível implementar uma estratégia para capturar carbono com a restauração da flora e, ao mesmo tempo, realizar o plantio de espécies com potencial de comercialização no mercado. Entendemos cada vez mais que o crédito de carbono no mercado voluntário apresenta diversas particularidades, as quais são refletidas em seus respectivos valores de mercado, o que dificulta lidar com créditos de carbono como commodities.

Por Ernesto Barth

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