COP27 – O destaque ao Brasil e aos projetos florestais na Amazônia

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A esperada 27ª edição da Conferência das Partes (COP27) foi concluída na semana passada, dia 20 de novembro de 2022, resultando em algumas importantes decisões relacionadas ao objetivo global de mitigação das mudanças climáticas. O evento, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), é realizado desde 1995, e este ano ocorreu em Sharm El-Sheik, no Egito.

Dentre as decisões tomadas, há a criação de um fundo de “Perdas e danos” para contribuir com países vulneráveis que necessitam de ajuda financeira para a reconstrução de suas respectivas infraestruturas físicas e sociais afetadas pela mudança climática. Os recursos serão provenientes de países desenvolvidos que tenham influenciado a mudança climática por meio das atividades que desenvolveram ao longo das últimas décadas, mas os detalhes sobre a dinâmica financeira deste fundo ainda estão sendo definidos.

Outro ponto importante discutido foi o progresso em relação à meta de limitar a 1,5 °C o aquecimento até 2030, definido durante o Acordo de Paris. As previsões apontavam para um aumento de 4,5 °C antes de Paris, o que foi reduzido para 2,5 °C. Apesar da redução, medidas ainda mais rígidas precisam ser tomadas para alcançar a meta estabelecida até o fim da década.

Assim como decidido no ano passado em Glasgow, durante a COP26, este ano houve a reafirmação da substituição parcial de combustíveis fósseis por biocombustíveis. Alguns participantes tentaram expandir a lista de combustíveis fósseis que seriam evitados, porém não tiveram sucesso e as medidas continuaram conforme decido na COP26. Por outro lado, o número de países que se comprometeram a reduzir a quantidade de emissão de gás metano aumentou este ano, chegando a, aproximadamente, 150 países.

Vale ressaltar o papel de destaque do Brasil e de sua famosa Floresta Amazônica durante a COP27. Iniciativas como o financiamento internacional para a preservação da Amazônia e a aliança entre o Brasil, a Indonésia e o Congo para projetos de financiamento e desenvolvimento das maiores florestas tropicais do mundo colaboram para a viabilidade técnica e econômica de projetos florestais no Brasil. A Apsis já participa de algumas iniciativas para a preservação de áreas na Amazônia, incluindo o desenvolvimento das comunidades indígenas locais e a geração de créditos de carbono, que evita o desmatamento e a degradação ambiental.

Na próxima COP, 28ª edição que ocorrerá em Dubai, espera-se avançar na definição sobre as regras do mercado global de carbono. Dessa forma, a demanda por créditos de carbono pode aumentar, assim como o valor de mercado dos créditos. O Brasil caminha na mesma direção, visando metas mais ambiciosas para a descarbonização da economia. Neste contexto, algumas empresas já estão se antecipando e alocando recursos em projetos geradores de créditos de carbono, os quais proporcionam impactos positivos sociais e ambientais, além do fornecimento dos créditos que podem ser utilizados pela própria empresa para compensar suas emissões ou comercializados a terceiros.

Hoje, participamos de diversos projetos ESG em variadas metodologias, cujos benefícios atendem, simultaneamente, às perspectivas sociais, ambientais e econômicas. Junte-se a nós nessa caminhada por um mundo mais sustentável.

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